Cada ato de agressividade que ocorre neste mundo tem como origem básica uma criatura que ainda não aprendeu a amar. É natural, todos nós ficarmos indignados com a maldade ou a crueldade, mas devemos entender que isso é um processo natural da humanidade em amadurecimento e crescimento espirituais.
Por trás de todo ato de crueldade, sempre existe um pedido de socorro. Precisamos escutar esse apelo confuso e dissolver a violência com nossos gestos de amor.
E como podemos categorizar qual o pior ato de crueldade? De todas as violências que padecemos, as que fazemos contra nós mesmos são as que mais nos fazem sofrer. Nessa crueldade, não se derrama sangue, somente se constroem cercas e cercas, que passam a nos sufocar e a nos afligir por dentro.
”A covardia é mãe da crueldade”. E realmente é assim que se inicia nossa autoagressão. Em razão de nossa fragilidade interior e de nossos sentimentos de inferioridade, aparece o temor, que nos impede de expressar nossas mais íntimas convicções, dificultando-nos falar, pensar e agir com espontaneidade ou descontração.
A auto crueldade é, sem duvida, a mais dissimulada de todas as opressões. Além de vir enfeitada de virtudes imaginárias (aparente mansidão, paciência, serenidade), recebe também os aplausos e as considerações de muitas pessoas. Mas mesmo assim, continua delimitando e esmagando brutalmente. Essa atmosfera virtuosa que envolve os que buscam ser sempre admirados e aceitos deve-se ao papel que representam incessantemente de satisfazer e de contentar a todos, em quaisquer circunstâncias. Buscam contínuos elogios, colecionando reverências e sorrisos forçados, mas pagam por isso um preço muito alto: vivem distantes de si mesmos.
Como você se sente ao ouvir os “aplausos” dos outros quando se comporta como eles esperavam que você deveria se comportar? Esses aplausos o deixam realizado, satisfeito, ou deixam um sabor amargo na boca por ter feito algo somente para receber as honras, sendo que não era nada disso que queria fazer?
Agindo dessa maneira, acaba por construir muros em torno de si, tornando-se prisioneiro. E por ironia, transforma-se também no guarda da prisão, pois escolheu permanecer ali e não expressar as suas mais íntimas convicções.
A causa básica da auto tortura consiste em algo simples: viver a própria vida nos termos estabelecidos pela aprovação alheia.
A timidez pode ser considerada uma auto crueldade. O acanhado vigia-se e, ao mesmo tempo, vigia os outros, vivendo numa auto prisão. Em razão de ser aceito por todos, ele não defende sua vontade, mas sim a vontade das pessoas. Pensa que há algo de errado com ele, não desenvolve a autoconfiança e, continuamente, se esconde por inibição.
Pensar e agir, defendendo nosso íntimo e nossos direitos inatos e, definindo nossas perspectivas pessoais, sem subtrair os direitos dos outros, é a imunização contra a auto crueldade.
Para vivermos bem com nós mesmos, é preciso estabelecermos padrões de auto respeito, aprendendo a dizer “não sei”, “não compreendo”, “não concordo” e “não me importo”.
As criaturas que procuram bajulação e exaltação martirizam-se para não cometer erros, pois a censura, a depreciação e a desestima é o que mais as atemorizam. Esquecem-se de que os erros são significativas formas de aprendizagem das coisas. É muito compreensível faltarmos à lógica numa tomada de decisão, ou mudarmos de ideia no meio do caminho; no entanto, quando errarmos, será preciso que assumamos a responsabilidade pelos nossos desencontros e desacertos e aprendamos o ensinamento da lição vivenciada.
Quem busca consenso, crédito e popularidade não julga seus comportamentos por si mesmo, mas procura, ansiosamente, as palmas dos outros, oferecendo inúmeras razões para que suas atitudes sejam totalmente consideradas.
Vivendo e seguindo seus próprios passos, poderá inicialmente encontrar dificuldades momentâneas. Mas com o tempo, será recompensado com um enorme bem-estar e uma integral segurança de alma.
Estar alheio ou sair de si mesmo, na ânsia de ser amado por todos aqueles que considera modelos importantes, será uma meta alienada e inatingível. O único modo de alcançar a felicidade é viver, particularmente, a própria vida.
A fixação que temos de olhar o que os outros acham ou acreditam, sem possuirmos a real consciência do que queremos, podemos, sentimos, pensamos e almejamos, é o que promove a destruição em nossa vida interior.
A obrigação de respeitar os direitos alheios faz com que o homem deixe de pertencer-se a si mesmo? É claro que não!
Pertencer-se a si mesmo é exercer a liberdade de não precisar conciliar as opiniões dos homens e de livrar-se das amarras da tirania social, da escravidão nos preceitos religiosos, das vulgaridades do consumismo, da pressão de ser dependente, enfim, do medo do que dirão os outros.
A solução para a auto crueldade será a nossa tomada de consciência de que temos a liberdade por direito. Contudo, de quase nada nos servirá a liberdade exterior, se não cultivarmos uma autonomia interior, porque quem está internamente entre grilhões e amarras jamais poderá pensar e agir livremente.
Outro segredo é a autocompaixão. Ter compaixão significa que você percebe o sofrimento, fracasso e imperfeição dos outros e oferece compreensão e bondade em vez de julgá-los severamente.
A autocompaixão envolve agir da mesma maneira em relação a si mesmo quando você está passando por um momento difícil, falha ou percebe algo que não gosta em si mesmo.
Em vez de simplesmente ignorar sua dor com rigidez e auto crítica, você pode dizer a si mesmo: “ Isso é realmente difícil, mas posso me cuidar bem, nesse momento”. E pode perguntar-se: “Como posso me confortar, me acolher e me cuidar nesse momento?”.
Em vez de se julgar e se criticar impiedosamente por inadequações ou deficiências, seja gentil e compreensivo quando confrontado com suas falhas pessoais. Afinal, quem disse que você deveria ser perfeito?
Troque autocríticas e auto crueldade por gentilezas e valorize quem você é.
Se não sabe por onde começar seu reequilíbrio, entre em contato para saber mais como você pode começar sua autotransformação.
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